terça-feira, 19 de outubro de 2010

A INSERÇÃO DA ARTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Arts Access in Austrália

No Brasil, a proposta de ensino de arte para pessoas com deficiência, foi fundamentada a partir do Movimento Escolinhas de Arte, em 1948, no Rio de Janeiro. Trata-se de marco importante na implementação de um olhar possível para construção da arte como possibilidade para as pessoas com deficiência.

A Arte na Educação Especial teve importante marco, no Brasil, a partir das idéias da educadora russa Helena Antipoff e do Movimento Escolinhas de Arte , que incluía, no ensino da arte, as pessoas com necessidades educativas especiais (BRASIL,2002,p.7).

Nessa concepção, e por influência de Antipoff, que introduziu o ensino de arte na Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais novas ações foram geradas em diversas instituições, como as APAes e, a partir da prática, foram sistematizando o sistema de ensino artístico da época, para pessoas com deficiência mental.(BRASIL,2002)

Em 1989, tem início os festivais, em especial do programa Arte sem Barreiras e com a mediação da Secretaria de Educação Especial, iniciam-se publicações para organização e apropriações dos conhecimentos que estavam sendo construídos nos festivais, como o Manual de Arte Educação: Uma Dinâmica para o Desenvolvimento (BRASIL,2002).

Nesse momento, o paradigma da Inclusão começa a se incorporar nas discussões, nas ações frente à educação especial principalmente com a publicação da Declaração Mundial sobre Educação para (1990) e da Declaração de Salamanca (1994), como observamos abaixo:
Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola (BRASIL, 1994, p.5).

Essa concepção defende o desenvolvimento e capacitação da pessoa com deficiência frente à aprendizagem de arte, respeitando os tempos de aprendizagem, oportunizando as adaptações necessárias as mesmas.

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